É ao mesmo tempo um dom e uma maldição sentir tudo de forma assim tão profunda como acontece com os sensitivos, ou ainda mais com empatas.
Ser uma pessoa sensitiva, ou empata, significa que ter a capacidade de perceber e ser afectado pelas energias de outras pessoas e/ou ter uma capacidade inata de sentir e perceber intuitivamente outros. A sua vida é inconscientemente influenciada pelos desejos dos outros, pensamentos e estados de espírito. Ser um empata é muito mais do que ser altamente sensível e não está limitado apenas às emoções. Pessoas mais sensitivas podem perceber sensibilidades físicas e impulsos espirituais, bem como apenas saber as motivações e intenções de outras pessoas.
Os sensitivos sabem coisas, sem lhes ser dito. É um conhecimento que vai além da intuição, mesmo que essa seja a forma como muitos poderiam descrever o saber.
Quanto mais sintonizados eles são, mais forte este dom se torna. Estar em locais públicos pode ser esmagador ou avassalador: lugares como shoppings, supermercados ou estádios onde há uma grande quantidade de pessoas ao redor pode preencher o empata com as emoções turbulentas vindas de outras pessoas. Alguns deles vão sentir emoções vindas daqueles que estão perto e outros poderão sentir as emoções de pessoas a uma grande distância, ou até ambas. Os empatas mais sintonizados irão saber se alguém está a ter maus pensamentos sobre eles, até mesmo a uma grande distância.
Se o empata possuir uma energia surya intensa, assistir a violência, crueldade ou tragédias na televisão (vídeo ou imagens) pode tornar-se insuportável. Quanto mais sintonizado um empata se torna, pior se torna o acto de ver TV. Pode acontecer, eventualmente, este ter de parar de ver televisão e ler jornais por completo.
Um empata sabe quando alguém não está a ser honesto ou se está a dizer alguma coisa que pretende manipular, seja porque consegue captar os sintomas físicos de uma outra pessoa (um empata pode desenvolver as doenças de outra pessoa) ou os sintomas mentais (podem entrar em depressão junto de deprimidos ou em euforia perto de alguém embriagado).
Há habitualmente uma atracção para a cura, as terapias holísticas e todas outras coisas metafísicas ou esotéricas: embora muitos sensitivos gostassem de curar os outros, podem acabar por se afastar dessa vocação (mesmo tendo eles uma capacidade natural para isso), depois de se terem estudado e formado, porque eles carregam muito daqueles que eles estão a tentar curar. Especialmente se eles não sabem da sua capacidade e habilidade da empatia. Qualquer coisa que tenha uma natureza sobrenatural é de interesse para os sensitivos e não se surpreende ou fica chocado facilmente.
É típico o amor pela natureza e pelos animais e não rara vez têm uma natural necessidade de solidão (um empata vai agitar-se e ficar louco se ele não receber algum tempo de silêncio – isto é muito evidente em crianças empatas).
Pessoalmente, sempre soube que a energia de uma pessoa revela muito mais do que as suas palavras. Quando criança era sossegado, tímido e preferia sempre estar escondido, resguardado… apenas observava. Apercebia-me e sentia cada nuance de cada pessoas e das suas emoções e pensamentos. sem dúvida que tudo isto foi intenso e até mais próximo de uma maldição do que de um dom.
No final da minha adolescência, decidi agarrar a minha capacidade de empata/sensitivo pelo mundo e tratar da minha baixa auto-estima. Tudo ocorreu num espaço de horas porque tomei como minhas algumas regras que ao longo dos anos fui desenvolvendo e aperfeiçoando (com maior ou menor dificuldade).
Eis essas regras para que outros sensitivos ou empatas possam, também eles, atingir um ponto de auto-segurança, equilíbrio e felicidade.