Para isso, precisamos nos despojar gradualmente do EU que se formou a partir da história de vida, das nossas experiências, dos nossos condicionamentos e das verdades que nos foram impostas pelo mundo exterior.
Tal condicionamento é algo tão profundo e arraigado que nos sentimos perdidos diante da possibilidade de nos reconstruir, tendo agora a total responsabilidade sobre o novo ser em que desejamos nos tornar. Não se trata, absolutamente, de renegar os valores que recebemos de nossa ancestralidade, mas sim de reavaliar o que realmente serve para nós nesse momento de nossa vida e o que podemos descartar, pois não encontra ressonância na nossa energia.
Nem sempre desejamos o que é melhor para nós, visto que estamos ainda na trilha da evolução, do aprendizado. Portanto, ao agir movido pelas emoções em desequilíbrio, acabamos por tomar atitudes desiquilibradas, que nos trazem mais sofrimento. As emoções são um atributo do ego e, ao segui-las, alimentamos continuamente nosso eu inferior. O sentimento é algo relacionado ao nosso eu superior, nasce espontaneamente, e revela aquilo que necessitamos para alcançar a paz e a serenidade, não apenas a satisfação momentânea dos desejos. Saber efectuar essa distinção é a chave para que tomemos como guia a nossa verdadeira energia.