Acordamos preocupados, com o sentimento de que as coisas não estão no devido lugar e que algo está para acontecer… uns lidarão perfeitamente bem com esta sensação pois em nada se afasta da sua vida já eléctrica e disfuncional, mas os mais sensitivos terão de lidar com a sua inquietude interna e as reacções despojadas de lógica dos demais seres que os rodeiam.
Aqueles que racionalizam, que se desligam da lógica energética, os terra-a-terra, terão uma tendência enorme a problematizar, a criar obstáculos e a bloquear a evolução pessoal e a daqueles que com eles convivem. Assistimos a uma conjuntura energética, que se desenha, que favorece imenso o conflito, a discussão, o debate violento e o combate de ideias.
Aproximamo-nos rapidamente de uma data importante a nível energético e que é transversal a um sem número de culturas que de uma forma ou de outras reconhecem os tempos que passamos como extremamente importantes.
Se uns lhe chamam o Portal da Consciência, outros atribuem-lhe a denominação de Tétrado Dramático.
Em geral os eclipses têm sido vistos pela humanidade com eventos dramáticos do cosmos e reconhecidamente os animais (e obviamente os humanos) reagem de forma inconstante e estranha quando estes têm lugar… comportamentos como o aumento de actividade sexual de forma exagerada, violações, guerras, querelas, disputas de territórios e acima de tudo um notório aumento de tendências suicidas em todas as espécies.
A 15 de Abril de 2014, com um eclipse total lunar iniciamos todo um processo que está agora prestes a culminar… passando por uma série de ocorrências de aviso particulares (eclipses de 8 de Outubro de 2014, 8 de Abril de 2015 e agora a 27 de Setembro de 2015). Este fenómeno toma o nome de Tétrado e ocorreu apenas 7 vezes desde o ano zero dando-se agora a sua oitava ocorrência e apenas voltando a acontecer dentro de cerca de 500 anos da mesma forma (havendo semelhante mas não igual dentro de 97 anos).
Para a tradição judaica estes tétrados tomam especial importância devido às imensas profecias envolvidas retiradas até do Antigo Testamento (como na passagem com que iniciei o artigo). Para o Talmud «(…) quando a lua está em eclipse é mau presságio para Israel (…) e se a face da lua se torna vermelha como sangue é um sinal de que a espada flamejante está a chegar ao mundo.»
Porém, se houve sete tétrados até agora porque será que este toma especial importância? Todos os 4 eclipses, desta feita, tiveram lugar em dias festivos judaicos e sempre que uma Bloodmoon ocorreu em alturas de celebrações judaicas durante um tétrado algum evento afectou directamente o ‘povo de Israel’, vejamos resumidamente:
Recentemente, devido ao livro que estou a escrever e investigar de momento, percebi que o 8 toma o significado bíblico de Novos Princípios. Quase como sendo o dia a seguir em que descansam os Elohim, ou o Senhor. Na realidade, simbolicamente esta oitava ocorrência é vista pela tradição judaica como a ocorrência crística, onde tudo muda.
Curiosamente, de acordo com registos oficiais um Tétrado muito similar ao que atravessamos ocorreu nos anos 32 e 33, altura que alegadamente Yeshua Ha Mashiah teria sido crucificado com intervenção óbvia de alguns sectores judaicos.
Pondo tudo em perspectiva não estou com isto a dizer que é desta que veremos o retorno do filho Yeshua. Na realidade se no tétrado de 1492 os judeus foram expulsos, no tétrado de 1948 renascem como nação e a 1967 recapturam Jerusalem (ou quase)… devemos ver o tétrado de 2104/15 como a vingança de Israel sobre o mundo (de alguma forma), tal como é pedido pelo próprio texto bíblico que chega a mencionar a Síria (povo de Damasco), Gaza/Palestina, Egipto e Iraque [Amos 1:3-6 a Amos 2]
Quando o elohim YHWH [o senhor] comunicou supostas profecias pelo texto bíblico usou inúmeras vezes sinais astronómicos, numa espécie de aviso e pedido ao ‘seu’ povo para acção. Os eclipses do sol e da lua ajudam-nos a perceber datas bíblicas e não podem ser manipulados pelas hostes de contra-informação e se, tal como previsto em Ezequiel 39:1-5, neste momento os radicais islâmicos tomam armas e recorrem a ideias jihadistas com o apoio de Magog [Russia?] e após a lua de sangue serão destruídos nas montanhas de Israel dando início ao arrebatamento que anuncia o fim da igreja e abrindo a porta a um suposto anticristo.
Posto tudo isto, há que ter receio ou medo dos tempos que vêm? Adivinha-se alguma calamidade ou coisa devastadora?
Pois… Não! Longe vai o tempo em que dependemos de sinais astronómicos e vivemos com receio deles sob o poderio de quem nos rebanha.
Porém temos que estar preparados para os tempos de mudança e eventuais conflitos armados que se aproximam. Os ‘novos inícios’ são na realidade o primeiro Portal de Consciência humana para o século XXI e os sinais e avisos eram extremos quando a consciência humana não estava preparada para mudar e crescer.
O tão famoso arrebatamento (ou Juízo Final) é um conceito que está presente em algumas interpretações da escatologia cristã (de origem sincrética judaica), inclusive o dispensacionalismo, criadas a partir do século XIX, cujo pontapé inicial foi dado pelo anglicano John Nelson Darby. É uma interpretação que aos olhos de quem não percebia o que se passava só podia significar o fim. (Imaginem o que seria um apóstolo espreitar os dias de hoje com a mente da altura).
É a entrada num ‘novo céu’ a preparar-se, a Era de Aquário. É a revolução para uma nova Terra…
Os que me conhecem sabem a importância que dou ao texto védico, mais do que ao bíblico, e para estes um eclipse lunar toma grande significado simbolizando um estado de sonho em que temos a capacidade de recriar a realidade. É altura de limpar, purificar e refazer de acordo com a nossa vontade.
Sendo uma bloodmoon, lua de sangue ou Rudhira Purnima, é uma altura ainda mais intensa onde devemos desligar dos eventos confusos que têm lugar à nossa volta e purificar por dentro, purificar a alma, purificar a consciência e recriar a realidade do Eu para que o exterior acompanhe o nosso crescimento independentemente das vicissitudes.
Dia 27, dia de Bloodmoon vísivel em Portugal na sua plenitude, prepare um pequeno Mandi Bunga pessoal (banho de sal com rosas e jasmim) e deixe que as suas densidades saiam. Permita que a energia da forte super-lua e bloodmoon simultâneas o inundem com as energias renovadas do que mais virá doravante.
Pode parecer lúgubre toda esta história dos Tétrados… mas saiba que de uma forma ou de outra, se for analisar a história, os anos a seguir a cada um dos 7 tétrados foram até anos de imenso progresso em geral e de novas consciências humanas que aprenderam com os erros (desde a abolição da escravatura, combate ao racismo, despontar de economias emergentes, etc). Veja os sinais pelo lado positivo e pela mudança que trazem, e tal como na sua vida não exerça resistência à mudança ou ‘encarneirará’ em complexas dificuldades.
No tarot, dia 27 é a carta Morte (XIII)… que não é de todo má, representa transformações, metamorfoses e mudanças que abalam os poderes que antes nos oprimiam. É dolorosa esta mudança? Dói na proporção da nossa resistência!
O tema é vasto e complexo, mas não o siga escatologicamente… perca-se no seu mundo de sonho e recrie a sua realidade!