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No meu Espaço Terapêutico Portugal Místico, no Porto, tenho um dístico na parede que diz: «Não esperes que passe a tempestade. Aprende a dançar à chuva!».

Mas porque despertar tem de obrigatoriamente ser uma tempestade? Porque será que cada alicerce do nosso Eu é testado e posto à prova nesta coisa do ‘acordar’ da consciência?

Não vou mentir, até porque a mentira me irrita profundamente, e é um facto que houve alturas em que me foi difícil lidar com tanta tempestade e só me apetecia comodamente manter-me no registo seguro de não ‘abrir os olhos’.

Se já está a sentir alguns Sinais do Despertar e começa já a lidar com as verdades incómodas do mundo em que vive, muitos já o apelidam de teórico da conspiração, ou simplesmente de louco. Talvez até já seja considerado um esquisito das conspirações que provavelmente entrou em negação e está prestes a ter um colapso mental… mas esta é apenas a opinião dos outros, que não entendem os sinais, que não permitem que os olhos abram.

Despertar altera profundamente a vida. Altera como vemos o mundo, o que pensamos do mundo e, especialmente, como o sentimos. Quando sabes uma VERDADE não podes simplesmente ‘des-sabê-la’ e torna-se impossível voltar atrás à pessoa controlada e conformada que eras antes. Esse antigo Eu carregado de âncoras e vícios já não existe, como se deixássemos de ter acesso a essa realidade do passado.
Muitos lidam com este lado menos agradável do despertar desconectando-se da fonte através de psicofármacos ou drogas em geral para aguentarem as insónias e o peso depressivo de lidar com a inanição dos outros ou com o fardo das opiniões alheias.

Este artigo surge na sequência de um pequeno workshop sobre os sinais do despertar onde consegui sentir nos interlocutores esta dor, esta dificuldade, esta sensação de combater sozinho. Hoje em dia vemos crianças, familiares e amigos a ceder e a sofrer com isto… a serem criticados, ridicularizados, hostilizados e até marginalizados.

Sentem-se desconectados… sentem-se sós!

A Solidão do Despertar

Está na natureza humana pertencer a uma família, uma comunidade ou tribo – ser amado, acarinhado, protegido e honrado pelo que somos é o nosso maior objectivo.
Quando isto funciona de forma errada e somos rejeitados, espezinhados, julgados e gozados, a sensação vai ser dilacerante.
Acusam-nos de já não sermos como antes para justificar a atitude negativa que enviam na nossa direcção.

Mas ser como antes? Ser mais uma dos milhares de ovelhas de olhos remelentos que se recusam a ver? Porque haveríamos de querer ser assim?!

305614_492544607434529_2082191747_nClaro que podemos sempre tentar abrir os olhos a todos os que nos rodeiam, em especial aqueles que mais amamos… invariavelmente isso irá afastar uma enorme percentagem destes, e alguns irão inclusive criar um bando de ataque sobre nós.
A determinada altura temos de compreender que mais vale sós que mal acompanhados e que «o que não nos faz bem, não nos faz falta» (outro dístico que decora a minha sala preferida de trabalho).

Escrevo este artigo para mostrar a todos os que despertam que há luz ao fundo do túnel!

Todos estamos no processo de despertar, quer queiramos, quer não. Não é uma inevitabilidade metafísica ou da ordem divina. É pura energia e evolução… é o que é!
O que se passa é que estes seres solitários em despertar estão simplesmente na linha da frente da mudança.

Somos os guias… as cobaias sociais.

Talvez digas a ti mesmo: «Estou disposto a vivenciar isto intensamente e fazer o meu papel, mas porque tem de ser tão doloroso e solitário?» Na realidade não tem…
Todos os seres que estão a despertar atravessam um processo de solidão porque a própria vida se encarrega de remover do nosso percurso as âncoras que trazemos do passado. Se está a sentir uma tremenda e insustentável solidão provavelmente é porque lhe está a falhar a mais importante companhia e conexão que existe: ligar-se a si mesmo, saber quem é e confiar em si!
De repente, e por causa de tudo isto, muitos tentam procurar soluções rápidas, panacéias que venham curar o Eu Solitário. Se por um lado uns se entregam fanaticamente à corrente oportunista e comercial da moda que eu apelido carinhosamente de ‘moda namastê’, outros entregam-se a uma espécie de vício da solidão… mais porque se sentem sós há tanto tempo que sentem não ter outra solução que não isolarem-se emocionalmente. Ambos estão a incorrer numa falha fatal: a perda de identidade da natureza humana.

Tome responsabilidade sobre a sua solidão e aprenda que estar consigo é estar com todos finalmente. Existem imensas pessoas que pensam da mesma forma e na realidade não está só. Porém, se insistir em castrar a sua evolução e sentar-se no sofá não conte que conseguirá resultados diferentes a fazer as mesmíssimas coisas de sempre.

Se sente que está a acordar, como lidar então com quem se mantém a dormir?

  1. Não vá além daquilo que sente que deve ir, nunca vai forçar ninguém a perceber uma cor se esse alguém estiver de olhos fechados.
  2. Perdoe os adormecidos… a crítica gratuita e a ridicularização que usam para opinar e julgar o seu modo de vida são na realidade puro medo. Têm medo que tenha razão, que de facto haja mais além do que lhes injectaram como real.
  3. Mantenha-se no seu próprio caminho. Quando acordamos para um mundo diferente ficamos com aquela sensação de urgência em espalhar a verdade, sentimo-nos responsáveis de alguma forma como se o Apocalipse estivesse ao virar da esquina. Na realidade não é responsabilidade sua convencer todos de seja o que for… lembre-se que a mesma fonte que o acordou , acordará todos eventualmente e mantenha-se no seu caminho sem desistir.

Então e o que fazer se se sente isolado?

  1. Seja o seu melhor amigo. Aprenda que se se respeitar, se confiar em si se se honrar diariamente nada o poderá deter. Apaixone-se por si.
  2. Conecte-se fisicamente ao mundo. Enraíze energeticamente, mas acima de tudo pratique desporto, ligue-se à natureza, peça massagens. O toque, a sensação, a pertença são essenciais.
  3. Conecte-se com o seu Eu Superior. Medite, pratique yoga, tire um curso de Reiki ou Prana Bhakti, aprenda tarosofia… descubra qual é a sua forma de se conhecer realmente, de se sentir, de comunicar com o seu Eu Superior.
  4. Pratique actos de amor, entregue-se emocionalmente. Porém, não o faça desproporcionalmente, pense na sua energia e na forma como ela deve fluir naturalmente e sem pressões. Ajude apenas e só quando lhe pedirem ajuda.
  5. Pare de se obrigar a fretes… não precisa de estar com quem não lhe faz bem, nem precisa de partilhar a sua energia com pessoas o não compreendem ou nem querem sequer tentar compreender.
  6. Pare de levar as coisas a peito e de se melindrar com o que não tem controlo. Nem tudo é sobre e contra si e quando nos melindramos somos nós mesmos que estamos a passar um julgamento negativo sobre nós… estamos a usar um peso e uma medida que só se aplicavam para o nosso antigo Eu. Note que agora é bem mais do que isso.

Os que vão à frente são a luz que ilumina o caminho aos que virão atrás. Orgulhe-se, ilumine-se porque não estamos sós!

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