Meditar é silenciar. É aprender a ficar só.
Mas ficar só é diferente de estar sozinho. Ficar só é silenciar a nossa mente e escutar a quietude do nosso interior, é a arte de estar consigo mesmo. É um meio de nos tornarmos cada vez mais conscientes do nosso ser e consequentemente aprendermos quem somos exactamente e qual o nosso verdadeiro potencial.
Através da meditação conseguimos obter tranquilidade, estados mentais calmos e emocionalmente positivos (samatha) e conseguimos discernimento, ver a realidade com um ‘olhar’ directo, limpo das distorções do medo, do ódio e da ilusão (vipassana).
Através da prática da meditação, aprendemos a relaxar, a acalmar a nossa mente, a reunirmos a actividade mental num todo unificado, para que a mente não esteja dividida contra si mesma, e para que possamos agir com energia e concentração. É, no fundo, um trabalho da mente para a mente.
Dizer a alguém ‘não faças nada, senta-te, relaxa-te e esvazia a tua mente’ parece fácil, mas é algo que ainda temos dificuldade em fazer.
Meditar é muito simples, não requer esforço. É parar, escutar e deixar acontecer. Não é esvaziar a mente, é aprender a navegar no espaço entre os pensamentos. Com a prática da meditação podemos experienciar paz, tranquilidade, a nossa beleza interior, levando-nos a re-pensar o que somos e tudo o que nos rodeia. Confere-nos a capacidade de dirigir as nossas energias para purificar o nosso corpo e mente…. e assim, podemos descobrir e desenvolver a nossa espiritualidade.
Com a prática diária, mesmo apenas alguns minutos, acaba por ser extremamente compensador e benéfico para a nossa saúde física, energética e mental.
E lembre-se que tudo é energia e que a energia segue o pensamento…
Benefícios do Relaxamento Meditativo Diário
- Estimular a Criatividade
- Obter Tranquilidade
- Obter Paz Emocional e Mental
- Reconquistar o Ânimo e a Calma
- Evitar Doenças ou manter um bom estado de Saúde
- Recuperar a Saúde
- Ter Paz à noite, dormir tranquilo (relaxamento antes de dormir)
- Ter acesso aos sonhos (sonhos vívidos e controláveis)
- Preparar-se para a Meditação Profunda ou Transcendental
- Evitar Sonolência e Tensão
- Treinar a atenção
- Fortalecer o poder de Concentração e Memória
- Melhorar o Rendimento de Tarefas
- Obter Paz / Equilíbrio Interior
- Resolver Problemas de forma Serena, Amorosa e Sábia
- Recuperação rápida de situações de tensão
- Proporcionar ao corpo um Repouso Profundo, com Mente Alerta
- Melhorar o funcionamento de Sistema Imunitário
- Aumentar a Capacidade de se Relacionar com Empatia
- Despertar Plena Consciência (equilíbrio de pensamentos / sensações)
- Sincronizar Ondas Cerebrais
- Despertar a Percepção para os Grandes Valores Humanos e Espirituais
A importância da respiração
A maior parte do tempo respiramos mal e de forma insuficiente. Isso é a causa de muitas das nossas doenças.
Está provado que tornar a respiração mais lenta e profunda tem um profundo efeito no bater do coração e, portanto, nas atitudes mentais e na capacidade de relaxar.
Respirar correctamente melhora a elasticidade dos pulmões e mantém um bom equilíbrio entre oxigénio/dióxido de carbono no corpo físico.
A prática da respiração controlada ou Pranayama (“prana” – força vital / “yama” – regulação) utiliza e dirige a energia da respiração para ajudar a curar, revitalizar e acalmar, e aumentar o domínio sobre a mente.
O ser humano, tal como tudo, respira ao ritmo do Cosmos…
Qualidades Ideais a atingir na Respiração
- Profunda. A respiração é ampla, utilizando a totalidade da capacidade pulmonar. Respirar profundamente significa usar a estrutura ósseo-muscular do tronco para optimizar a assimilação do ar. Ao respirar, toda a musculatura do tronco participa do processo, porém, nunca devemos elevar nem movimentar os ombros.
- Completa. Isso significa que devemos utilizar as três fases da respiração em cada exercício que fazemos: abdominal, intercostal e clavicular. Observe sempre que os pulmões devem encher-se primeiramente na parte baixa, logo na parte média e finalmente na parte alta, esvaziando-se de forma inversa.
- Consciente. Durante o pránáyáma procure sempre estar presente no exercício que estiver fazendo, observando a cada instante os efeitos que a técnica está desencadeando dentro de si. Sem consciência não há concentração possível.
- Ritmada. Tudo é ritmo na Natureza; nós não somos a excepção. A cadência é extremamente importante, pois é o que nos permite projectar o exercício no tempo. Existe uma estreita relação entre o ritmo e os estados profundos da consciência: mantendo um ritmo cadenciado conseguiremos tirar muito mais proveito dos exercícios.
- Controlada. Precisamos evitar ficar sem fôlego. Caso sinta que está perdendo o domínio por não conseguir acompanhar a contagem dos tempos estabelecidos, opte por reduzir esses tempos, para conseguir manter o ritmo de acordo com a sua capacidade pulmonar individual.
- Uniforme. Em nenhum momento devemos permitir que o fluxo de ar se interrompa ou que se altere a sua assimilação progressiva. Em outras palavras, devemos encher os pulmões de forma gradual e constante, sem dar arrancadas bruscas no início da inalação ou fazer força excessiva para expulsar o ar.
- Lenta. A respiração deve ser tão lenta quanto for possível. Considere que durante o pránáyáma ela deve ser ainda mais lenta que a de uma pessoa que dorme. Trabalhe no sentido de torná-la cada vez mais pausada. Com a prática, você perceberá que poderá alterar não apenas o ritmo pulmonar, mas também o ritmo cardíaco à sua vontade.
- Silenciosa. Também devemos esforçar-nos por manter o ar fluindo da forma mais silenciosa possível. Para ter uma ideia disto, considere que ninguém além de si deve ouvir a sua respiração durante a prática.
- Nasal. Os cílios das narinas filtram as impurezas que estão em suspensão no ar. Ao inspirar pela boca, você permite que elas entrem directamente nos pulmões, o que pode provocar diversos males. Esta é a pior maneira de respirar, evite-a a qualquer preço.
- Mínima projecção do ar. A compreensão do conceito de comprimento do alento é fundamental para atingir a perfeição na respiração. O comprimento do alento é aquela distância à qual podemos perceber o ar que sai pelas fossas nasais. Coloque a sua mão alguns palmos abaixo das narinas. Se exalar com força sentirá o sopro nela. Expirando com a mínima projecção do alento o fluxo do ar será imperceptível, mesmo mantendo a mão bem perto do nariz. Quanto menor for essa projecção, maior será o controle do prana.
Como iniciar-se na meditação?
Actualmente possuo uma meditação assistida disponível gratuitamente através do Youtube ou do meu website que aconselho vivamente para os seus primeiros passos. É uma meditação física e por isso faz parte dos primeiros exercícios meditativos a seguir para quem seriamente quer iniciar o seu processo evolutivo na meditação.